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Uma das situações que vivi quando trabalhei como repórter na editoria Grande Rio, no jornal O Globo, nos idos de 1989, tem ‘frequentado’ constantemente os meus pensamentos nestes últimos dias. Estávamos eu, um fotógrafo e um motorista do jornal num carro Gol branco, sem identificação externa, entrando numa das favelas da zona norte do Rio. Fomos fazer uma matéria sobre a visita de vereadores à comunidade, para inauguração de uma pequena obra, que não me recordo bem qual era. Assim que entramos na favela o motorista colocou, no console, uma placa com o nome do Jornal. Mas a placa não foi o suficiente, claro. Em poucos minutos fomos cercados por três ou quatro homens armados de escopetas. “Quem são vocês, o que querem aqui, vão aonde?” Depois de tudo esclarecido, no entanto, não fomos liberados para continuar nossa busca sozinhos. Sem saber o local correto da inauguração, nossos ‘recepcionistas’ nos levavam pelas estreitas ruas da favela e perguntavam aos moradores se sabiam de alg