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Mostrando postagens de 2022

Vida, rascunho e surpresas

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Então é Natal. Estamos, finalm ente, chegando ao final de 2022. Um ano em que, mais uma vez, comprovei que a vida não tem rascunho. Por mais que tenhamos planejado, traçado nossas metas, há sempre uma caixinha surpresa batendo à nossa porta. Se tivermos muita sorte, as surpresas serão sempre boas, mesmo que a princípio possam não parecer assim. Ontem, dia 23.12, minha mãe completou 88 anos e recebemos mais uma dessas 'caixinhas'. Saímos cedo, eu e meu marido, rumo ao ortopedista para uma consulta de avaliação - eu me recuperando de uma cirurgia para colocação de prótese no joelho, feita em abril - e ele de um edema ósseo no pé direito. Apesar de ambos ainda sentirem muita dor, saímos felizes com o parecer médico dos dois. Eu fui liberada para caminhar, até mesmo na areia - e ele ficou livre da bengala, que carregava há meses. Saiu até ensaiando uma dancinha pelas ruas com a bengala, cantando' I'm singing in the rain.'...uma figura! Até aí, o dia corria como o espera

Brasil, a árvore das nossas vidas

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Estamos a 18 dias do primeiro turno da eleição presidencial que, certamente, mostrará ao mundo que país é este. Mais do que isto: estamos a um passo de expor, sem cortes, quem é de verdade este povo que, desde que nasceu, encanta ‘gregos e troianos’. Um encantamento que inicialmente pode surgir apenas pela beleza física do brasileiro – resultado da mistura de tantas raças – ou pelos nossos talentos, nossa malemolência, musicalidade, alegria, sangue bom, criatividade e garra. Infelizmente, nos últimos anos, sente este encantamento somente quem está do outro lado da fronteira, quem ainda lança sobre nós um olhar romântico e fantasioso. Não que na nossa essência não tenhamos tudo isto. Sempre fomos um povo com todas estas e muitas outras qualidades. Mas hoje, só quem é brasileiro, só quem ainda vive aqui, sabe, como diz o poeta, ‘a dor e a beleza de ser o que é”. O que todos nós, brasileiros, temos encarado diariamente são as dores da fome, da miséria, do descaso, da insegurança, da violê

Príncipes, rainha, bispo e cupidos - uma fábula em 2022

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Era uma vez uma menina que, desde antes de nascer, teve a vida envolta pelas fábulas. Seu nome foi escolhido pela sua mãe, grávida de alguns meses, ao assistir  o filme "O Feitiço d’Aquila," (originalmente,  ‘ Ladyhawke’- A Mulher Falcão), que conta  a história de um amor impossível.  O  bispo de Áquila  (John Wood),  descobre que a sua amada, 'Isabeau'  (Michelle Pfeiffer) , está apaixonada por um cavaleiro. Enciumado, o bispo resolve lançar uma maldição sobre o casal.  Durante o dia 'Isabeau' se transforma em um falcão e à noite  Etienne Navarre  (Rutger Hauer),  o cavaleiro, toma a forma de um lobo. Assim, 'Isabeu' e seu amado não podem se entregar um ao  outro. A menina da nossa história de hoje foi batizada Isabel, como a heroína do filme. No entanto, teve mais sorte que a Mulher Falcão.   Alguns de você s já a conhecem de outros textos que publiquei.  O primeiro deles foi "A menina que andava nas nuvens e o gigante", em julho de 2014. 

Nêga, está online? Sete, seis, cinco....

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Eu e Ângela em João Pessoa (2012 - fomos para o casamento do sobrinho Gabriel, com Gabriela)                                                      Quando eu era pequena lá em Barra Mansa - dois meses antes de completar três anos de idade -  Ângela, a caçula dentre os cinco irmãos Pelegrineti Lourenço, nasceu. Dizem as más línguas de plantão que eu aprontei um berreiro fenomenal, que eu não me conformava e não aceitava a nova irmã de forma alguma! Gente, cresci com este peso na consciência, me achando a mais egoísta das criaturas!! Qualquer briguinha que rolasse entre a gente, vinham logo dizer: 'a Mariza não se conforma de ter perdido o trono de caçulinha'! Só me "liberei do trauma"  e tive a certeza que minha reação foi a mais normal do planeta, quando nasceu minha filha Gabriela. Tiago, até então o caçula, não queria que eu a amamentasse! Era preciso que o pai se trancasse com ele na sala, enquanto eu dava de mamar. Durante todo o tempo ele esmurrava a porta, chorand