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Mostrando postagens de 2021

2022, uma página em branco

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Faltam poucas horas para ele chegar, mas devo admitir: nunca, em minha vida, quis tanto a chegada de um novo ano. Para mim, o reveillon jamais significou muita coisa, apenas uma mudança no calendário. Agora não.  Desejo e acredito que 2022 será um ano em que a esperança se transformará em realidade. Não só para mim, mas para milhares de pessoas ao redor do mundo, que vem enfrentando estes últimos tempos de perdas, de dor e de ausência de muitos que amamos. Sejamos fortes e vamos em frente! Demos os primeiros passos para que assim seja, ainda em 2021.Tivemos, graças à ciência, vacinas para frear a pandemia de Covid-19. Apesar da tirania e estupidez do presidente de nosso país e de vários de seus comparsas, o bom senso da população e, certamente, o medo de fazer parte dos mais de 600 mil mortos pela doença, só no nosso Brasil, fizeram com que a grande maioria se vacinasse. Ainda não chegamos ao fim deste pesadelo, mas estamos caminhando. Também acredito que a população dará uma boa

Carta aberta a André Tal, jornalista e portador de Parkinson, como eu

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  André, boa tarde.  Me chamo Mariza Pelegrineti Lourenço Grynszpan, sou casada,  tenho 59 anos  e três filhos. Como você, sou jornalista e tenho Parkinson. Como você, tentei por anos a fio esconder a doença, que até hoje não consigo aceitar...como você,  me sinto indignada, desde o dia em que recebi o diagnóstico, há pouco mais de 15 anos. Desde então digo todos os dias: "quero a minha vida de volta"! Exatamente o que disse a paciente americana, também portadora de doença neurológica, que você entrevistou  e  que se submeteu ao tratamento experimental  do  Dr. Marc Abreu, tema de sua reportagem: recebi a minha vida de volta! André, n ão sei a que  hor as você lerá esta mensagem, que ten to escrever há mais de duas horas, nem mesmo se algum dia a lerá. Hoje é segunda-feira, dia 6 de dezembro de 2021 e passa um pouco do meio dia. Só agora começo a me refazer emocionalmente, após assistir, por duas vezes, a matéria que você fez sobre Parkinson para o Domingo Espetacular, da TV

Dores

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Saquarema, 23/12/2023 ...e amores Hoje é aniversário da minha mãe. Ela completa 89 anos, lúcida e com boa saúde! Estamos reunindo o máximo de pessoas da família para celebrar esta data especial e o Natal, como fazemos todos os anos, desde que éramos (seus cinco filhos), crianças. Hoje somos todos casados, demos a ela 13 netos e alguns destes netos já deram a ela alegria de ter 10 bisnetos. Já escrevi alguns textos em homenagem á minha mãe e a outras pessoas desta família grande, barulhenta, que passou  por alguma dificuldade na vida, mas jamais sentiu a dor da  fome. Esta dor terrível que ainda acontece mundo  afora e que voltou a crescer no Brasil! Infelizmente milhares de crianças jamais tiveram a chance de conviver com suas mães, de sentir este amor infinito. Ao contrário, enfrentam dia a dia as dores do abandono e da fome.  Foi pensando nelas que escrevi o texto a seguir. Não sou poeta. Apenas tentei expressar o que sinto ao encarar a fome que atormenta tantas vidas. Republico hoje

Minha mãe, é uma peça (4)

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Quem dera alguém tivesse tido o poder de colocar esta pequena vírgula no título desta história e mudado o seu sentido, mudado todo o seu enredo. Uma pequena vírgula, numa frase comum, eternizada pela criação do ator e humorista Paulo Gustavo no teatro e em três filmes. Uma arte sincera, carregada de amor verdadeiro e incondicional, alegre, cômica e que expunha a milhares de pessoas a sua vida, numa linda homenagem à sua mãe, Déia Lúcia, inspiração da personagem Dona Hermínia. Quem dera ele pudesse ter tido a chance de dizer, quem dera sua mãe tivesse ouvido: “Minha mãe, é uma peça! O que estamos passando não é a realidade. Em breve as cortinas deste palco se fecharão e voltaremos à vida real!” Este último palco em que Paulo Gustavo subiu, com a “alma cheirando a talco e bumbum de seus bebês,” no entanto, era o palco da vida real. Numa velocidade surpreendente - assim como Paulo Gustavo levou milhares de pessoas aos teatros, aos cinemas, ou à frente da TV para se divertirem com seus