Quebrando o silêncio
Vivi os últimos dias com o coração apertado como, suponho, a maioria dos brasileiros. Chocada com as manifestações Brasil afora, sentei na arquibancada e resolvi ver a “banda passar”. Ou melhor, as bandas: a honesta e a podre! Passei pelo sufoco de ter que impedir meu filho, de 15 anos, a ir pras ruas, e pela alegria de ter o filho mais velho, de 22 anos, que está estudando fora, bem distante nesta hora. Falou mais alto o coração de mãe. Sofri com a decisão, porque eu também gostaria de estar lá. O pai, apesar de ter outra opinião, respeitou a minha decisão. Difícil para nós dois? Sim, mas muito mais difícil pra ele, que participou de tantas manifestações no passado, contrariando os próprios pais. Confesso que senti “inveja” dos colegas jornalistas que, mais uma vez participaram da cobertura de um momento que, apesar dos pesares, já é um marco na nossa história. Mas, há um ano e cinco meses eu sou apenas mais um número na estatística dos desempregados deste país! Ir para