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Mostrando postagens de 2019

Sábado 7 de setembro e o desfile na Moreira

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Atire a primeira pedra quem jamais ficou observando as pessoas que caminham pela cidade, com suas roupas, seus estilos esportivos, sofisticados, bregas, elegantes, despojados ou simplesmente bizarros e inacreditáveis? Pois bem, depois  de um  ‘longo e tenebroso inverno’ recolhida dentro de casa por conta de uma troca de medicação mal sucedida , finalmente coloquei a cara na rua no último sábado, dia 7 de setembro e fui dar uma volta pela Moreira César, rua de excelente comércio no meu bairro. oglobo.globo.com Há alguns anos não encontraria sequer uma loja aberta, afinal, Dia da Independência do Brasil não era dia de trabalhar, mas sim de assistir ao desfile cívico na maioria das cidades do país. Mas, como a independência virou uma história em algum lugar do passado e grande parte dos brasileiros está com a corda no pescoço, encontrei   as lojas abertas – o que não significa que todas estavam cheias de consumidores! Eu precisava   comprar dois presentes de aniversário ma

O revisor

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Sou jornalista do tempo em que as máquinas de escrever olivetti e lexikon eram nosso instrumento de trabalho. Que computador, que nada! Os melhores textos dos grandes jornalistas deste país eram escritos na redação, um ambiente barulhento, com muitos fumantes e laudas e folhas de papel carbono pra todo lado. Apesar de todo o barulho, principalmente no horário próximo ao fechamento da edição do dia, a gente escrevia como se cada um estivesse isolado numa sala, sem qualquer interferência. Como? Não sei explicar, mas na hora em que eu pegava as 3 laudas, recheava com duas folhas de papel carbono, colocava na máquina e preenchia o cabeçalho da reportagem - identificando repórter, fotógrafo, editoria, e assunto - se dava a mágica! Obviamente não era assim todos os dias, mas na maioria deles. Também, não havia outra opção: ou você aprendia a trabalhar assim ou jamais trabalharia num grande jornal.   Ao terminar seu texto, uma das cópias ia direto para o revisor, que faria as cor

La vie en Rose - Parte 2 - O nascimento de Sophia

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“Nêga? Tá na escuta?”  Eu havia acabado de dar os parabéns ao Walter, meu marido, pelo aniversário e me preparava para dormir. Assim que peguei o celular para carregar  a bateria recebo esta mensagem. Era exatamente 1h18min do dia 15 de agosto. Porém,  mal deu tempo de ler a mensagem. A certeza de que eu ainda estaria acordada àquela hora –e/ou a ansiedade misturada com a emoção do momento único de se tornar avó (que espero um dia sentir...) - permitiram que Ângela, minha irmã mais nova, se sentisse à vontade para me fazer uma chamada de vídeo. Em poucos segundos ela deixou de estar só naquele `Family room` de um hospital em Auckland, Nova Zelândia, e eu consegui o melhor furo de reportagem da minha vida! Tive a honra de ser a primeira pessoa da família de Sophia, do lado de cá do mundo, a saber que ela estava nascendo! A partir daí, o sono acabou !   Com o celular pendurado no carregador, compartilhávamos aquele momento tão especial a milhares de quilômetros distância .

"Hasta luego, hijo"

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Hoje o quarteto que divide esta casa - eu, Walter, Tiago e Gabriela - vai ser desfalcado. Seguindo os passos do irmão mais velho Lucas, que em 2012 partiu para o País de Galles graças a uma bolsa de estudos, até dezembro o meu tricolor mais amado – meu filho Tiago! - estudará na Universidad Nacional del Centro de La Província de Buenos Aires , em Tandil, na Argentina, também graças a uma bolsa de estudos que conquistou na Faculdade de Veterinária da UFF. Era uma só vaga para uma experiência que, certamente, será uma excelente oportunidade para seu crescimento pessoal e profissional. Neste período a minha tricolor mais amada – minha filha Gabriela! – terá que se contentar com conversas virtuais com seu companheiro de Maraca e comigo como companhia para assistir futebol! O pai ficará sem seu substituto ao volante para as idas ao Rio e o que é pior, sem seu companheiro para as cervejas! Eu ficarei sem meu  fotógrafo ‘assistente’ em eventos familiares e o X-box ser

La vie en rose

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U m balão negro, uma contagem regressiva, um alfinete. Bastou um pequeno furo para que, em milésimos de  segundos, uma explosão transformasse o balão negro numa chuva de pequenos papéis rosas, anunciando pra todos daquela sala e para outras pessoas em pelo menos mais dois continentes, que a Sofia está a caminho!  A chuva de papel rosa anunciou que está a caminho a filha daquela "menina que andava nas nuvens" - linda com sua barriguinha e um sorrisão - e seu "gigante", que ajoelhou para beijar a barriga pela primeira vez sabendo que é sua menina quem está vindo! A chuva de papel rosa encheu de felicidade o coração da Vovó Ângela - que mais parecia uma criança cheia de energia numa cama-elástica - e o Vovô Evandro, que também pulava de alegria e fez questão de dividir com quem assistia via web naquele momento, seu sorriso carregado de felicidade. Via You tube a chuva de papel rosa atravessou os oceanos e encheu de alegria o meu cor