Príncipes, rainha, bispo e cupidos - uma fábula em 2022
Era uma vez uma menina que, desde antes de nascer, teve a vida envolta pelas fábulas. Seu nome foi escolhido pela sua mãe, grávida de alguns meses, ao assistir o filme "O Feitiço d’Aquila," (originalmente, ‘Ladyhawke’- A Mulher Falcão), que conta a história de um amor impossível. O bispo de Áquila (John Wood), descobre que a sua amada, 'Isabeau' (Michelle Pfeiffer), está apaixonada por um cavaleiro. Enciumado, o bispo resolve lançar uma maldição sobre o casal. Durante o dia 'Isabeau' se transforma em um falcão e à noite Etienne Navarre (Rutger Hauer), o cavaleiro, toma a forma de um lobo. Assim, 'Isabeu' e seu amado não podem se entregar um ao outro.
A menina da nossa história de hoje foi batizada Isabel, como a heroína do filme. No entanto, teve mais sorte que a Mulher Falcão. Alguns de vocês já a conhecem de outros textos que publiquei. O primeiro deles foi "A menina que andava nas nuvens e o gigante", em julho de 2014.
Nele eu conto um pouco do que, eu imagino, tenha sido fundamental para que Isabel encontrasse seu 'cavaleiro'. Sem maldição alguma - muito pelo contrário, com muitas bençãos! - eles precisaram de um anjinho só, apenas um pequeno cupido para flechar o coração dos dois no momento certo. Aí foi somente esperar um pouco para que todos começassem a acompanhar, aqui da terra, a felicidade do casal: Isabel e Lucas, ou, simplesmente, Bel e Kaká.
Porém, apesar dos contos de fadas sempre permeando suas vidas, ainda não chegamos ao fim da história e eles não viveram felizes para sempre!! Calma, isto não quer dizer que tenham sido infelizes. Simplesmente a realidade dos tempos atuais fez com que nossos heróis decidissem viver em outro reino distante, muito distante do Brasil.
Assim, com pouco tempo de casados, Isabel e Lucas voaram para terras onde ainda pudessem ser, de verdade, súditos de uma rainha! Partiram para a Nova Zelândia, na Oceania, a milhares e milhares de quilômetros do Brasil! Para quem não sabe, a Nova Zelândia, graças a sua natureza exuberante, com paisagens estonteantes (infelizmente ainda não conheço) tem sido escolhida como locação para mega produções de cinema, como o Senhor dos Anéis.
Ainda hoje uma monarquia constitucional, a Nova Zelândia é um reino da Commonwealth, cujo trono é ocupado por Elizabeth II, desde 1952. Como Rainha, Elizabeth II ocupa a posição de Chefe de Estado, e tem o governador-geral da Nova Zelândia como seu representante no País. Lá, o título oficial da rainha em inglês é "Elizabeth the Second, By the Grace of God, Queen of New Zealand and Her other Realms and Territories, Head of the Commonwealth, Defendeer of the Faith" (Isabel II (como nossa princesa), pela Graça de Deus, Rainha da Nova Zelândia e dos seus outros Reinos e Territórios, chefe da Commonwealth, defensora da Fé).
Bem distantes do Brasil, nossos príncipes não demoraram a se adaptar ao novo reino. Viajaram por todas aquelas paisagens de cinema, fizeram novos amigos, praticaram alguns esportes radicais (principalmente nossa Princesa Isabel!), como body jump, rafting, sky diving, sem, no entanto, abandonar a capoeira, que até hoje pratica. (adora um berimbau!)
Mais grave que qualquer maldição como a do bispo de Áquila, a Covid-19 parecia que jamais permitiria que este encontro fosse acontecer. Mas, lembrem-se, nossa Isabel tem a sua existência marcada pelos contos de fada, onde tudo pode, basta sonhar. E este dia aconteceu!
No dia 07 de junho de 2022, finalmente chegaram ao Brasil! Os vovôs Evandro e Ângela, que também haviam mudado para a Nova Zelândia, voltaram duas semanas antes e prepararam nossos corações, para recebermos Isabel, Lucas, Sophia e Júlia.
Na noite em que desembarcaram no Aeroporto Internacional no Rio de Janeiro, boa parte das famílias se juntou para receber as novas princesinhas e seus pais. Daí pra frente, vocês podem imaginar! Foram dias de reencontros, festas, almoços, comemorações, fotos, muitas fotos e alegria.
E hoje, somente hoje, dia 06 de agosto de 2022, véspera da viagem de volta de nossos queridos para Nova Zelândia, compartilho com vocês a alegria de toda a família por estes dias de encontros e reencontros. Particularmente, fiquei muito feliz por ter constatado que minha intuição estava quase certa em 2014, quando escrevi que Isabel e Kaká "precisaram de um anjinho só, apenas um pequeno cupido para flechar o coração dos dois".
Alguém duvida?
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