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Hoje perdi uma tia por parte de pai. Uma tia da qual nos
afastamos fisicamente por termos nos mudado de Barra Mansa para Niterói, há
mais de 40 anos. Mas, quando o laço é de coração, não há distância ou tempo que
faça a dor da perda ser menor.
Lá se foi nossa tia Déa. Sempre magrinha, sempre com seu
rabinho de cavalo prendendo aqueles cabelos lisos e até há poucos anos,
negros e lindos. Ela era a tia que tinha a mesa de pedra no quintal, onde
passávamos as tardes de domingo ouvindo os jogos de futebol pelo radinho de
pilha. Ela era a tia que bordava toalhas de mesa lindas, fazia panos de prato,
cachecóis...
Ela era a tia que mais parecia com meu pai. Não só
fisicamente, mas também pela presença de espírito, pelas respostas rápidas, pelo
humor com uma pitada de ‘deboche’!!(hehehe) Ela era a tia que cuidou dele no seu fim de vida. Dividiam o mesmo
quintal – ela na casa dos fundos, ele no seu ‘cafofo’, um pequeno
apartamentinho improvisado na casa da frente que um dia foi dos meus avôs.
Ela era a tia que nos deu quatro primas pra lá de
inteligentes – a Angela, a Lúcia, a Roberta e a Tânia, que foram praticamente outras
filhas para o velho Ary, meu pai, e das quais nos reaproximamos recentemente,
graças à internet. Primas queridas, que nos deram muitos outros primos e primas,
com os quais ainda não tivemos a chance de conviver. Ainda, pois a mesa de
pedra continua lá...
Lá se foi nossa tia Déa.
Hoje, o quintal ficou mais vazio...
Tia Déa era isso mesmo Marita, mto parecida com seu pai, vai deixar mta saudades, era mto querida. Bela homenagem que vc fez. Grande perda, beijinhos p vc.
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