Desempregada, mais de 50... E agora?
Bem, este texto não é para ser um
rosário de lamentações. É para afirmar
que, apesar de desempregada, sempre tive - e continuo tendo - orgulho de ser jornalista. E mais –
que não tenho o menor pudor de dizer que sou do tempo da máquina de
escrever! Ah, que saudades da redação do velho JB, com suas olivettis e remingtons,
da velha lauda, dos papéis carbono, da convivência com alguns dos melhores
jornalistas deste país! Mas é bom deixar claro: queria este tempo de volta, mas
com um bom computador e com a maturidade que tenho hoje, ok? Tenho saudades, mas não parei no tempo! Sei conviver
bem com a tecnologia e com a garotada que hoje toma conta das redações.
Aliás, isso me lembrou uma história do último emprego que tive. Numa das primeiras reuniões da nova gerente com a equipe – formada por mais ou menos 25 pessoas, a grande maioria com menos de 30 anos - uma jovem afirmou: “acho difícil esta equipe dar certo, pelo conflito de gerações”! E não é que ela tinha razão? Em poucos meses a equipe se esfacelou: alguns pediram transferência para outra gerência, alguns se demitiram, outros foram demitidos. Hoje, aquela equipe não existe mais. Nem deixou saudades. Conflito de gerações? Não creio, estou mais para "culpa do sistema". Hoje é tudo tão rápido que não houve tempo para se criar raízes. O que restou? Apenas a certeza que 'a fila anda...'
Mariza, devagarzinho as coisas se ajeitam! Ah, sim: eu também, como você, tenho muito orgulho de ser jornalista!!!! bjo
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