O galo da madrugada
Acordei bem antes das 6h hoje. Um silêncio maravilhoso “invadia” meu quarto.
Lá de fora, diferentemente do que acontece entre 7h e 22h, diariamente, só se
ouvia o canto do galo, o arrulhar dos pombos e o canto dos bem-te-vis. Sim, engana-se quem
acha que não há alguma vantagem em morar perto do morro em cidade grande. Não
tenho vizinhos do outro lado da rua vigiando meus movimentos dentro de casa. Os
prédios da frente são baixos, o que ainda me confere um pouco de privacidade,
apesar de morar no 4º andar.
Mas voltemos ao galo, que é a pauta do dia. Na verdade, este
que ouço todas as manhãs é morador do asfalto – a casa onde é criado é ao pé do
morro, apenas. E ele é um galo da paz, não um galo de briga. Não imagino que
ele frequente rinhas e dispute o ‘pedaço’ com outro galo, numa briga que muito lembra a disputa política que – ainda bem - acaba hoje. Coincidentemente, 26
de outubro de 2014, data em que meu pai faria 86 anos, caso estivesse vivo! Por
que coincidentemente? Porque diz a lenda da família que ele era fã de uma rinha
de galo. Confesso recordar-me vagamente deste gosto estranho e ‘politicamente’
incorreto de meu pai! O que lembro-me, muito
bem, é que ele gostava de criar passarinhos e que assobiava como ninguém!
Mais sorte do que eu, que tenho que me contentar com o galo
do vizinho e alguns poucos bem-te-vis, tem a minha irmã Eloísa (Lulica Targueta),
a outra aniversariante do dia. Ela não mora próximo ao morro, mas sim nas
montanhas capixabas. Bem, sorte ou não, só ela poderá dizer. Porque lembro-me, também vagamente (gente, minha memória sempre foi péssima!) que ela
andou acordando com um pica-pau saboreando as madeiras de sua casa. Hoje, acho que este problema já acabou. E
mais: para a sorte dela e também de todos nós, acaba hoje essa disputa de galos
de briga via Embratel!
Como disse no meu texto anterior (Para o mundo que eu quero
descer), não havia assistido aos debates. Até o último, quando resolvi dedicar
duas horinhas do meu dia para conferir o que todos comentavam nas redes sociais
e ao vivo e a cores. Mais uma vez, devo confessar: me arrependi! Que perda de
tempo! Assim como nas rinhas de galo, o que o povo viu foi uma disputa nojenta,
de ambos os lados. Uma coisa, para mim, completamente insana! Dois seres
humanos se comportando como dois galos de briga! E a plateia se exaltando,
chegando quase às vias de fato, a favor deste ou daquele candidato!
Que bom, acaba hoje! Mas, antes do fim, deixo no ar algumas perguntas que não querem calar: Pode tudo isto “Arnaldo”? Aonde foi parar
a turma do “politicamente correto”? Porque se esta política é a correta, volto
com a paz do canto dos bem-te-vis para a minha arquibancada!
Deixo também no ar os parabéns para a minha irmã querida, saudações tricolores ao velho Ary e o canto do galo do vizinho.
Aguardemos o
resultado das urnas!
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