Uma tal de mãe e uma tal de filha

Dezembro é o mês das “meninas” mais importantes da minha vida. Não precisa sequer me conhecer para saber que estou falando de minha mãe, Maria Helena, que hoje completa 81 anos e da minha filhota, Gabriela, que dia 15 completou 15 anos. Assim quis o destino. O fim de ano – que para a maioria das pessoas é um período de balanço e de renovação – há 15 anos passou a ser para mim, também, um período de muito mais luz, alegrias e descobertas. Ao longo destes 15 anos, por exemplo, descobri que minhas “meninas” têm muitas coisas em comum.

Ambas carregam em suas testas, desde que nasceram, uma mancha vermelha, que principalmente para a minha mãe, se acentua de forma inexplicável nos momentos de tensão. Ambas são as caçulas de suas famílias, canhotas e, digamos assim, meio ‘desajeitadas’!  As duas sempre se preocuparam em ir bem na escola. Minha mãe sempre se orgulhou por ser a primeira aluna da turma. Já a Gabi dificilmente fica satisfeita com o resultado que obtém. Puro perfeccionismo, pois jamais tive problemas com ela em relação aos estudos e ela sempre tirou notas excelentes.

Há ainda muitas outras coisas em comum: caseiras, bagunceiras – a filha MUITO mais que a mãe – ligadas profundamente à família e fãs de uma boa TV. A mãe passa os dias vendo jornais, novelas e futebol. Já a filha, devora séries e mais séries no Netflix. Há alguns meses, a filha passou a ser a “companhia” oficial da vó nos finais de semana. Estou para descobrir quem toma conta de quem.          

Pelas fotos de minha mãe, ainda criança, descobri que na mesma fase da vida ambas tiveram lindos cachos em seus cabelos, que com o tempo foram se transformando em ondas, especialmente para a Gabi. Há, no entanto, uma diferença que ainda não consegui entender: Minha mãe sempre teve facilidade para falar em público, o que é para a Gabi, um eterno sacrifício (aí ela puxou a mim!). Porém, coloque nela uma roupa de um personagem que ela compensa toda a timidez! Palavras insuspeitas de uma mãe para lá de coruja!


Já que confessei ser uma mãe coruja – não me digam que já haviam percebido? – devo admitir: sou uma filha corujíssima! Minha mãe é a mulher mais linda entre todas da família!
E olhe que somos muitas e, digamos assim, não há uma sequer que precise amaldiçoar o espelho ao acordar!  Para se ter uma ideia, além de minha mãe, que foi Miss Barra Mansa e ficou em 2º lugar no Miss Estado do Rio, na década de 1950, temos mais duas misses na família: minha tia Mirtes e minha prima Beatriz. A quarta miss poderia ser a Gabriela, pois não lhe faltarão atributos para isto. Mas este concurso ficou em algum lugar do passado, há algum tempo. O mais importante é que ambas conquistam a todos não pela beleza física que têm de sobra, mas sim pelo que são: duas “meninas” simples, inteligentes e carinhosas – cada uma ao seu modo – e que sabem o que realmente tem valor nesta vida.

Por tudo isto - e mais tantas outras coisas boas sobre minhas mãe e filha que não citei - hoje é dia de festa, de comemoração dupla na família, porque ainda não cantamos os parabéns para a Gabriela!‘Bora comemorar?

Mãe, parabéns pelos seus 81 anos! Gabi, aproveite MUITO seus 15 aninhos.

Mãe e Gabi: adoro estar “entre” vocês duas, meninas! É realmente um privilégio! Amo vocês!
  




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